ESPECIALIDADES

INTRODUÇÃO A OSTEOPATIA

A osteopatia é um sistema de tratamento que ajuda a aliviar, corrigir disfunções e recuperar lesões musculoesqueléticas e alterações orgânicas em geral. Trata-se de uma abordagem com metodologia própria de diagnóstico e tratamento baseado na anatomia, filosofia e patologia do corpo humano.

Através da intervenção manual sobre os tecidos (articulações, músculos, fáscias, ligamentos, cápsulas, vísceras, tecido nervoso, vascular e linfático), a osteopatia visa restabelecer a função das estruturas e sistemas corporais.

Por conta disso, dentro da formação completa em osteopatia, se estuda de forma profunda todo o sistema músculo esquelético, visceral, cranial e metabólico. De forma a dar excelentes condições para o diagnóstico e tratamento do indivíduo.

Por se tratar de uma visão global do corpo a osteopatia não pode ser dividida e não existe portanto denominações como "osteopata estrutural", "osteopata visceral", ou "osteopata craniano".

TERAPIAS UTILIZADAS

Se relaciona principalmente com o sistema neurovegetativo, nervos cranianos e o livre trânsito de informações neurológicas por toda a extensão da coluna vertebral (o que chamamos de eixo central), até o sistema nervoso central (cérebro, tronco cerebral e cerebelo). Todos os sistemas reguladores do corpo dependem desta integridade de informações.

Os principais focos a serem tratados são: o sacro (pela relação com a duramáter – mecanismo crânio-sacro), as fáscias presentes na base do crânio, a saída dos pares cranianos pelos forames cranianos e as aderências medulares.

Basicamente são utilizadas as técnicas funcionais que, apesar de suaves, produzem efeitos importantes como demonstra a pesquisa realizada pelo médico e osteopata russo Dr. Yuri Moskalenko que conseguiu quantificar por meio de barorrecepetores intracranianos em pacientes com trauma crânio-encefálico, a diminuição da pressão intracraniana após os procedimentos osteopáticos.

Tem como principais indicações os seguintes sintomas: cefaléias e enxaquecas; distúrbios visuais e auditivos; disfunções da articulação têmporo-mandibular; distúrbios de deglutição; alterações digestivas (pela inervação do nervo vago); alterações vestibulares; alergias; rinites e sinusites; otites; dores crônicas.

Está relacionada às disfunções do sistema músculo-esquelético e tem como principal foco de trabalho as dores do corpo. Atua desta forma principalmente nos tecidos: ligamentar, muscular, tendíneo, articular, nervoso e fascial.

Para atuar sobre os tecidos que estejam em disfunção (com restrição de sua mobilidade) pode valer-se de um grande número de técnicas com repercussões distintas sobre cada tecido: stretching (muscular); pompagem (ligamentar e vascular); miotensiva (muscular); articulatória (ligamentar e muscular); inibição (muscular); thrust (ligamentar, muscular, capsular e vascular); pontos gatilho (muscular); técnicas funcionais (fáscias) e técnicas neuromusculares (muscular, vascular e fascial).

Está voltada para o bom funcionamento sistêmico do corpo, ou seja, lida com as relações entre as vísceras, sistema nervoso central e o sistema estrutural. Tem como principal foco de tratamento as alterações viscerais e sistêmicas. As técnicas podem ser realizadas diretamente sobre as vísceras, fáscias que as sustentam e/ou reflexamente através da estimulação e normalização dos centros simpáticos e parassimpáticos. Na visão osteopática essas alterações viscerais podem ter origem simpática, parassimpática, hormonal, restrição tecidua e diminuição do líquido seroso presente na cavidade abdominal. Os principais efeitos da manipulação visceral são: eliminação do espasmo reflexo da musculatura lisa do trato visceral; estiramento das fáscias com o fim de liberar as aderências e dar elasticidade e liberdade de movimento; aumento da vascularização local, suprimindo o angioespasmo; supressão do arco reflexo nociceptivo, neurovegetativo ocal que agrava ou mantém a facilitação medular.

Os principais sintomas com indicação de tratamento por osteopatia são: hérnia de hiato; ptoses viscerais; asma brônquica; pneumonia; constipação intestinal; distúrbios hepatobiliares; alterações cardíacas; distúrbios renais; alterações do ciclo menstrual; síndrome pré-menstrual; alterações hormonais; queda da imunidade; patologias sistêmicas de origem visceral.

É um ramo da osteopatia que estuda a posturologia, ou seja, o estudo da postura. Estudamos as posturas, compensações e adaptações que nosso corpo faz perante nossa vida cotidiana, mais precisamente entendemos as posturas adquiridas pelo ser humano adaptativas ao seu meio ambiente e principalmente para diminuir dores e limitações de movimentos que possamos ter!

O cirurgião-ortopedista francês, Dr. Bernard Bricot, desenvolveu um novo método, denominado posturologia, que procura estudar a relação entre a postura e outras patologias crônicas. Uma nova abordagem à medicina, que reúne várias especialidades para o tratamento da postura corporal, como fisioterapia, podologia, odontologia, oftalmologia, fonoaudiologia, ortóptica, clínica geral, entre outros. O que difere este método dos restantes? Na posturologia procuram tratar as causas dos desequilíbrios posturais, não apenas os sintomas.

A posturologia trabalha na prevenção e no tratamento de várias doenças que estão relacionadas com diversos desequilíbrios posturais sem que as pessoas o saibam, como a dislexia, o estrabismo, bruxismo, zumbidos, hérnias de disco, dores musculares ou das articulações, desvios da coluna, entre outros.

INDICAÇÕES

O uso da Osteopatia em bebês é muito difundido na Europa, sobretudo, no tratamento de cólicas e constipações, refluxo gastroesofágico, torcicolo congênito, otites, dificuldades de sucção, assimetrias cranianas, alterações no sono etc. Para se ter ideia, em alguns países do ‘velho mundo’, o osteopata faz parte da equipe multidisciplinar, que atende às gestantes e os bebês, ao lado do obstetra e do pediatra.

O parto e o uso de equipamentos, como o fórceps, por exemplo, podem expor o recém-nascido a assimetrias, já que nesta fase da vida ele é praticamente formado por cartilagem. Isso porque os ossos possuem apenas 30% de cálcio, se comparado a um adulto. Até mesmo no ventre da mãe, podem ocorrer pequenos achatamentos, deslizamentos e deformações cranianas. Essas características, geralmente, voltam ao normal depois do nascimento, com movimentos, a exemplo os de respiração e os de sucção. Mas caso isso não aconteça naturalmente e para que não haja complicações e outros desequilíbrios, a Osteopatia entra em ação.

Alguns sintomas pós-parto podem indicar que a criança é uma candidata a passar pela avaliação minuciosa de um osteopata:
• Irritabilidade e choro em excesso;
• Sono perturbado e/ou insônia;
• Dificuldade de sucção no momento da amamentação;
• Muita cólica;
• Refluxo constante;
• Flatulência além do comum, entre outros indícios.

A avaliação osteopática deve ser completa, examinando a respiração, os reflexos e os movimentos da criança. Assim, o profissional poderá verificar disfunções nos tecidos e na mobilidade.

A Osteopatia pode ser aplicada ainda quando o bebê está no ventre da mãe, oportunidade em que ela será tratada, diminuindo dores e fazendo com que o bebê se sinta mais confortável lá dentro.

Independente do osteopata, as técnicas realizadas com as mãos são suaves e, na maioria dos casos, fazem com que o bebê relaxe ao ponto de dormir após a sessão.

O campo de tratamento da osteopatia é muito amplo pois ele abrange todo o corpo humano. Esta pode tratar as doenças mais frequentes, nomeadamente ciáticas, lombalgias, dorsalgias, cervicalgias, escolioses, hérnias discais e torcicolos. Podem ser tratados também entorses, tendinites, epicondilites, síndromes do túnel cárpico, dores nos ombros, problemas da articulação temporo-mandibular (ATM) e tensões e contraturas musculares.

A lista abrange ainda muito dos problemas decorrentes de acidentes de viação, quedas, fraturas ou cirurgias. A osteopatia pode ajudar a resolver também enxaquecas, dores de cabeça, problemas digestivos, insónias, depressão, vertigens, labirintites, sinusites, glaucoma, tensão pré-menstrual, obstipação, stresse e problemas respiratórios. O osteopata não elimina apenas as consequências do problema.

O corpo perde naturalmente elasticidade e flexibilidade além de sofrer um processo gradual e degenerativo, por vezes acelerado. As artroses são um processo degenerativo das cartilagens que afeta as articulações importantes para a funcionalidade do corpo (mãos, joelhos, pés, coluna vertebral, ombros, etc).

Trata-se de uma inflamação que afeta não apenas as articulações, mas também os tendões, os ligamentos, as bursas e os nervos.

A Osteopatia pode ajudar muito este grupo vulnerável da população. O Osteopata fará uma abordagem completa para que ele possa entender como o corpo foi afetado. O tratamento osteopático é suave e acima de tudo cauteloso. Tem como objetivo manter o corpo saudável e prever futuras lesões. Então, após um exame completo, o Osteopata será capaz de propor um tratamento e aconselhamento para ajudar a melhorar a mobilidade, a circulação sanguínea e a função corporal e para reduzir a rigidez articular para que o idoso possa desfrutar de uma vida plena e ativa.